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Gapi: 35 Anos de Investimento no Desenvolvimento Inclusivo

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Gapi: 35 Anos de Investimento no Desenvolvimento Inclusivo

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“Gapi foi constituída há 35 anos por orientação do Governo para actuar no âmbito de uma agenda de interesse público. Desde então, tem desempenhado de forma eficaz o seu papel, contribuindo para a inclusão financeira, social e económica em Moçambique, promovendo a inovação, o empreendedorismo e investimentos geradores de emprego”, testemunhou Daniel Chapo, Presidente da República, por ocasião da passagem dos 35 anos da Gapi.

Há 35 anos, a Gapi iniciou sua jornada com uma missão clara e inspiradora: investir no desenvolvimento inclusivo. Desde a sua criação, em 1990, a Gapi tem sido uma força inovadora no sector financeiro em Moçambique, dedicando-se a fomentar o crescimento sustentável e equitativo em todas as regiões do país. Esta trajectória de três décadas e meia é marcada por inúmeras conquistas e desafios superados, sempre com o propósito de criar um futuro melhor para todos os moçambicanos.

A Gapi desenvolveu uma abordagem única e inovadora para o financiamento de projectos, focando-se em iniciativas que promovam o desenvolvimento económico, social e ambiental. “Entendemos que o verdadeiro progresso só pode ser alcançado quando todos têm a oportunidade de participar e se beneficiar do crescimento económico. Por isso investimos em projectos que vão desde a agricultura familiar até a educação e capacitação de jovens empreendedores, passando pelas infra-estruturas e energia sustentável”, explicou Rafael Uaiene, Presidente do Conselho de Administração desta sociedade de investimentos.

Um dos pilares do sucesso da Gapi é a sua capacidade de se adaptar às mudanças conjunturais introduzindo novos modelos e instrumentos de gestão sem se desviar da sua missão. Nos últimos 35 anos, o mundo passou por transformações significativas, e a Gapi tem acompanhado essas mudanças, ajustando as suas estratégias e abordagens para atender às necessidades emergentes. A organização tem sido pioneira na adopção de tecnologias digitais e na promoção de práticas sustentáveis, sempre com o objectivo de maximizar o impacto positivo de seus investimentos.

“A Gapi tem vindo a fazer este excelente trabalho ao longo dos anos. Estamos aqui porque reconhecemos o seu papel na colaboração com instituições do Governo e no trabalho com instituições financeiras de desenvolvimento para obter recursos. Através da Gapi, esses recursos são canalizados para assistência técnica e financeira, permitindo o surgimento e a consolidação de micro, pequenas e médias empresas em zonas rurais do nosso vasto Moçambique”, considerou o Presidente da República, tendo acrescentado que “Não basta financiar; é também preciso capacitar os clientes e acompanhá-los. Devido à especificidade desta metodologia, o Governo decidiu criar uma sociedade financeira de desenvolvimento, em vez de um banco ou de mais um departamento dentro de um ministério.

Ao longo dos anos, a organização tem trabalhado arduamente para estabelecer padrões elevados de ética e responsabilidade, garantindo que os seus investimentos sejam geridos de forma eficaz com impacto no surgimento de novos empreendedores e na multiplicação e consolidação de micro, pequenas e médias empresas. Este compromisso com a integridade tem sido fundamental para a construção de parcerias duradouras e de confiança com diversos stakeholders, incluindo governos, organizações não-governamentais e o sector privado.

Esta sociedade financeira de desenvolvimento tem-se notabilizado e reconhecida por organizações internacionais pelo seu enfoque na inclusão social. A organização tem desenvolvido programas específicos para apoiar grupos vulneráveis, como mulheres, jovens e comunidades rurais, proporcionando-lhes acesso a recursos financeiros e oportunidades de desenvolvimento. A Gapi acredita que o empoderamento dessas populações é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa, e tem trabalhado de forma consistente para eliminar barreiras e promover a igualdade de oportunidades.

Contudo, tal como disse Lourenço do Rosário, em representação dos accionistas privados, é preciso que se reverta o actual cenário em que apesar da Gapi actuar desde sempre como uma sociedade financeira de desenvolvimento, as entidades públicas se tenham alheado da responsabilidade de contribuir para o reforço do seu capital. “Pela sua natureza, os bancos de desenvolvimento devem naturalmente ter uma presença accionista forte de fundos públicos, directos ou subsidiados. Só assim é que a sua natureza de banco de desenvolvimento concede apoio financeiro aos projetos de desenvolvimento de uma forma vantajosa”.

Do Rosário foi mais concreto dizendo que “considero que a Gapi não pode intervir com os seus produtos numerosos no mercado financeiro sem a componente de capitais públicos ou subsídios públicos, tendo em conta o custo que qualquer ação financeira tem, sobretudo na conjuntura social, económica e política que o nosso país vive, em que qualquer acesso ao financiamento para a economia tem custos elevados”.

À medida que a Gapi celebra seus 35 anos de existência, é importante olhar para o futuro com optimismo e determinação. A organização está empenhada em continuar a sua missão de investir no desenvolvimento inclusivo, explorando novas fronteiras e oportunidades para impulsionar o crescimento sustentável. Com uma visão clara e um compromisso inabalável com a inclusão, a Gapi está preparada para enfrentar os desafios do futuro e contribuir para a construção de um Moçambique mais próspero e equitativo.

Este preparo é, aliás, reconhecido pelo Governo que, através da Ministra das finanças disse que “os 35 anos marcam uma fase bastante importante no papel desempenhado por esta Sociedade de Investimento, a Gapi, no acesso ao financiamento e na inclusão financeira”.

Face ao crescente reconhecimento público do trabalho realizado pela Gapi, e com vista a reforçar a sua capacidade de responder aos crescentes desafios que o país enfrenta, o presidente do Conselho de Administração informou que estão agora em preparação a actualização da estratégia da instituição a ser acompanhada pela abertura e aumento de capital.

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